O período pandêmico fez com que muitos planos fossem pausados. Quando o isolamento social se somou ao período de conclusão do Ensino Médio, foram ainda maiores a ansiedade e as preocupações características desse período da vida, cheio de sonhos, planos e apreensões com o futuro.
Nesse momento, ingressar no Ensino Superior é o sonho da maioria dos estudantes que estão concluindo o Ensino Médio, e, pensando nisso, o programa Universidade Para Todos não deixou de atuar. Em sua parceria com a Uesb, o famoso UPT, como é conhecido, atende 1700 alunos distribuídos em 26 municípios baianos, oferecendo apoio, por meio do cursinho preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares, desde 2004. Na pandemia, o Programa se adaptou à nova realidade, realizando as atividades do curso de maneira remota.
“O Universidade Para Todos tem uma importância muito grande na formação cidadã das pessoas. Sempre dizemos que não é simplesmente preparar o jovem para o vestibular, há uma preparação para a vida também”, conta o professor da Uesb, Valdemiro Conceição, que coordena o Programa na Universidade. O professor destaca também o estímulo à inserção desse jovem cidadão na sua comunidade, além do desenvolvimento da autoestima dos cursistas. “Muitas vezes, eles são os primeiros em suas casas, suas famílias, a cursar o Ensino Superior, visto que o Universidade Para Todos foca, justamente, nesses alunos de famílias em situação de vulnerabilidade, de escolas públicas, que não têm condições de pagar por um cursinho pré-vestibular”, aponta.
Para, além disso, o impacto inclusivo do Programa se demonstra na participação do movimento quilombola, com a formação de turmas com um volume considerável de alunos oriundos dessas comunidades. O coordenador destaca que isso é possível por meio de parcerias com os municípios vizinhos às sedes, Vitória da Conquista, Itapetinga e Jequié, estreitando os laços da Uesb com as comunidades da região.