O ministro da Saúde afirmou na quinta (21), em entrevista à Folha, que o programa Mais Médico é “provisório”, uma vez que, na organização dos serviços de saúde, cabe aos municípios a responsabilidade de contratar os médicos, e não ao governo federal. A afirmação contraria a posição de ministros anteriores da gestão da presidente afastada Dilma Rousseff, para os quais o programa, inicialmente temporário, “veio para ficar” e poderia continuar até depois de 2026, quando acabam as metas para formação de novos médicos. O prazo não foi estipulado para finalizar o programa, mas afirmou que o pacto federativo determina que seja de competência dos municípios a execução do sistema de atenção básica de saúde. “São eles que deveriam contratar os médicos. Mas temos 2.500 municípios que só têm médicos do Mais Médico.” Segundo ele, parte desse cenário ocorre porque uma emenda na Constituição determina que a remuneração de funcionários públicos nos municípios não pode ser superior à do prefeito e isso precisa mudar, disse ele.