(Foto Reprodução)
O jornalista Jorge Calmon, ícone do jornalismo baiano, completaria nesta terça-feira próxima (7) seu centenário de nascimento se vivo fosse. Foi, indubitavelmente, o mais completo jornalista baiano. Acompanhou de perto os acontecimentos registrados no século XX. Ingressou no jornal A Tarde em 1934 e permaneceu como “foca” até 1935, quando foi então contratado pelo fundador do jornal, Ernesto Simões Filho, que se tronou seu amigo e conselheiro. Apenas 14 anos depois do seu ingresso no à época vespertino, tornou-se redator-chefe, cargo em que permaneceu ininterruptamente durante 44 anos alçando, depois, a condição de diretor-redator chefe. Ao ingressar em A Tarde com apenas 20 anos, Jorge acompanhara, a evolução do jornalismo na Bahia desde o início do século até o seu final, observando as mudanças constantes da imprensa, de jornalismo marcadamente político do início do século às transformações que a imprensa sofreu transformado-se num veículo informativo. Foi responsável pela formação por diversas gerações de jornalistas, comandando o jornal com invulgar competência, único, aliás, em que atuou. As comemorações do seu centenário no dia sete terão início com uma missa às 10h na Igreja do Bonfim, celebrada pelo arcebispo primaz da Bahia, D. Murilo Krieger e, às 19 horas haverá uma sessão solene na Câmara de Vereadores de Salvador. Seguem-se inúmeras homenagens de diversas entidades, a exemplo da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), da qual foi presidente; do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, do qual foi presidente de honra; e da Academia de Letras da Bahia, que integrou como detentor da cadeira 23 e que, em sua homenagem, fará uma sessão solene na quinta-feira (9), às 18 horas. Também foi presidente da Academia. Integrou o Tribunal de Contas do Estado da Bahia do qual participou como conselheiro; da Assembléia Legislativa da Bahia, como deputado constituinte no final dos anos 40. Enfim serão inúmeras as entidades que o reverenciarão. Jorge não somente marcou a imprensa baiana, mas, especialmente, o jornal A Tarde, que dirigiu com rara competência.(bahianoticias)