Imagem/jequienoticias)
O termo Jacu Baleado é costumaz por todas as eleições da Bahia. Se faz parte de outro meio regional não tenho ciência, mas certamente seria corriqueiro nela.
O famoso Jacu é o cidadão que vota em quem perdeu, teoricamente um derrotado. O estigma é forte, levado à tona em todas as camadas sociais. Não se faz seleção, apenas se observa o resultado. E sempre assim, por anos e anos e anos…
O ser humano – mesmo sem uma pesquisa técnica que possa comprovar – sempre gosta de vencer. Sempre. O pejorativo, o depreciativo sempre tem força. “Se não for pra vencer, nem vai lá…”
Nesse sentido, imaginemos a campanha política daquele cidadão já marcado pelo “Jacu”. Imaginemos aquele cidadão que gostaria de mudar, mas entre todas dificuldades têm o estígma do termo depreciativo colado à campanha…. “Vou votar em Jacu? Tá doido?”
Estamos vivendo um processo global de mudanças. Quem não vê cego é. Independente da condição física da cegueira. É um cego social. São muitas as questões sociais diferentes a cada dia. Acredito eu, termologias depreciativas como essas irão perder força. Basta uma percepção maior. Basta olhar além.
Perder faz parte. Escolher independente desse resultado é grande. É supremo. É liberto. Aguardo ansioso por esse momento, sem estigmas, sem vícios. Verdadeiro.
Dimas Lelis