O Parque Municipal da Matinha é um espaço zoobotânico situado em Itapetinga que agrega espécies da fauna e da flora. É exatamente nesse ambiente onde acontecem as atividades do projeto de extensão “Trilhas ecológicas no Parque Municipal da Matinha – Itapetinga-BA: leitura, arte e preservação ambiental”.
Entre seus objetivos, a ação busca explorar, de forma lúdica e educativa, as trilhas do Parque. Aluna do curso de Pedagogia da Uesb e coordenadora executiva do projeto, Elisânia Costa Silva conta que a iniciativa surgiu como uma demanda para revitalização das trilhas, que, muitas vezes, não são utilizadas pelos visitantes do Parque.
Além da temática ecológica, o projeto trabalha o desenvolvimento cultural dos participantes ao apresentar as histórias das esculturas presentes ao longo das trilhas. Todo o trabalho artístico é de autoria de Júlio de Souza Barbosa, o São Félix, falecido em 2011, aos 83 anos de idade. “Tentamos explicar um pouco sobre a importância das esculturas dele [São Félix] dentro do Parque e agregar a questão da preservação do meio ambiente e a arte dentro da ludicidade da ação”, explica Silva.
Impacto socioeducacional – O Parque é aberto ao público para visitação todos os domingos. No entanto, muitas crianças do município não têm a oportunidade de visitá-lo. “A proposta é, justamente, poder trazer essas crianças, que são de bairros mais periféricos, que não têm como vir no dia de visitação, para esse momento, para essa experiência fora de sala de aula”, frisa a coordenadora.
Além disso, Silva destaca a importância das experiências extraclasse, capazes de contribuir na ampliação do conhecimento dessas crianças. “A gente sabe que a sala de aula é muito importante, mas, as vivências fora dela também são, porque são conhecimentos válidos que irão agregar na vida delas”, completa.
Cínthia de Oliveira Soares é professora voluntária do projeto da Associação Nossa Senhora das Dores, entidade civil presente do município. Para ela, a aproximação entre a Uesb e a comunidade, por meio dos projetos de extensão, oportuniza novas experiências, principalmente, para crianças em situação de vulnerabilidade social.
“Um dos papéis que a Universidade tem é, justamente, fazer um trabalho junto com a comunidade. Essas crianças que estão na Associação são assistidas nas questões educacionais e, também, no âmbito social, de vulnerabilidade. Então, essa aproximação faz com que elas acessem lugares que, talvez, se não fosse por meio dessas parcerias, elas não teriam”, avalia a professora.(Ascom/UESB)