A greve dos vigilantes na Bahia foi encerrada na tarde desta quarta-feira (7) com um acordo considerado vitorioso para os trabalhadores. Os vigilantes terão um reajuste salarial de 6%. Desde o dia 24 de maio, cerca de 30 mil vigilantes no estado estavam em greve, prejudicando serviços essenciais, como o atendimento bancário em algumas agências. De acordo com o procurador do trabalho, Luís Carneiro, a mediação realizada pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) “foi uma oportunidade para as partes se aproximarem e chegarem a um um acordo”. “As partes, no começo do movimento, estavam muito distantes. O sindicato dos trabalhadores, incialmente, pedia 15%, depois passou para 10% e depois baixou para 7%. O patronal iniciou com 0% de contrapartida, evoluiu para 1%, para 3%, e depois para 3,73. O MPT sentiu-se confortável, diante do contexto, para apresentar uma proposta que não apenas abraçasse o reajuste dos trabalhadores, mas tivesse uma contrapartida e uma segurança econômica para os patrões. Essa proposta ela representa um ganho real efetivo para os trabalhadores, não só repõe o INPC do período, mas apresenta um ganho real para os trabalhadores. É uma vitória num momento de crise econômica no país. Será um avanço aos direitos dos vigilantes”, avaliou o procurador. Ainda ao Bahia Notícias, Luís Carneiro disse que a discussão, ocorrida nas rodadas de negociação, “ultrapassou a discussão da jornada de trabalho, que poderia causar prejuízos a saúde e segurança do trabalhador”. “Essa discussão era um obstáculo praticamente instransponível e entramos na análise econômica das propostas”, pontuou. O acordo vai se tornar uma convenção coletiva da categoria. (bahianoticias)