Quase onipresentes na rotina dos brasileiros urbanos, os celulares também estão na palma das mãos de jovens e adultos residentes das zonas rurais da Bahia. A mudança é perceptível, pois está estampada nos contatos das placas de lojas e empresas, nas máquinas de cartão, que usam chip na troca de dados, e no uso de aplicativos de troca de mensagens. Essa ampliação na forma de comunicação é uma das possibilidades previstas pelo Programa Fala Bahia, que já promoveu a cobertura móvel para 105 localidades baianas desde 2019.
Executado em parceria pelas secretarias estaduais de Infraestrutura (Seinfra) e da Fazenda (Sefaz), o programa contempla localidades distantes com sinal de celular e acesso à internet. De acordo com o secretário da Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, o Governo do Estado recebe diversos pedidos para a implantação de sinal de celular nos distritos, nas vilas e nas pequenas comunidades. “As operadoras têm a obrigação de colocar sinal de celular apenas na sede dos municípios. Nós tínhamos 12 distritos que eram maiores do que a sua própria sede, e cerca de 120 distritos que são maiores do que o menor município do estado. Após a criação do programa, já temos 105 distritos conectados com sinal de celular”, detalhou. Segundo ele, mais 15 localidades serão incluídas até o mês de junho, e mais 57 até o final do ano. Serão mais de 170 comunidades ligadas através do sinal de celular e internet.
Outro programa estadual voltado para a inclusão digital em pequenos municípios e distritos é o Conecta Bahia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que leva Wi-Fi livre às praças do interior. A iniciativa conta com recursos próprios e tem o intuito de oferecer conectividade em 250 localidades de toda a Bahia. “Os documentos já estão disponíveis de forma digital, o título de eleitor já é digital, o acesso ao banco se dá através de aplicativos. E agora, com o pix, o meio de pagamento imediato é através do celular. Estamos fazendo uma inclusão social de boa parte da população que estava isolada da rede digital, que estavam excluídos socialmente”, destacou Cavalcanti.