A menos de um mês do São João, o interior baiano vive realidades diferentes. Várias cidades ainda não têm definido se o festejo vai acontecer. Outras cancelaram o arrasta-pé, mas pelo menos 12 cidades que mantêm a tradição optaram por realizá-lo, mesmo com dificuldades relacionadas ao clima e à crise econômica.
Para viabilizar a festa, prefeitos reduziram a programação e cortaram custos. No Recôncavo, apesar da chuva que atingiu a região, só Santo Amaro cancelou a festa. Cachoeira, Cruz das Almas, Amargosa e Santo Antônio de Jesus já confirmaram.
Apesar de dificuldades financeiras, o São João de Senhor do Bonfim está mantido. Prefeito da cidade, Edvaldo Correia (PTN) diz que a principal arrecadação vem do Fundo de Participação dos Municípios e que a receita não acompanha o crescimento da região: “Tem que fazer sacrifício para manter a festa. Há promessas de patrocínio, mas até as cervejarias têm se escusado”.
No último dia 25, a Bahiatursa lançou um edital de chamamento público, que se estenderá até amanhã(1º), para seleção de até 170 projetos de apoio aos festejos juninos. O órgão selecionará também propostas de bandas e artistas de forró.
As promotoras de justiça Rita Tourinho e Patrícia Medrado, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa do Ministério Público baiano (Gepam/MP-BA), recomendam a suspensão da seleção. Segundo elas, a Bahiatursa deve demonstrar, no prazo de 5 dias, “a razoabilidade dos gastos frente ao orçamento do Estado”.
O diretor superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado, disse ao A TARDE que encaminhou o pedido à Procuradoria Geral do Estado (PGE) e responderá dentro do prazo.(A Tarde online)
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