Desde 2009 o Brasil é o maior consumidor mundial de produtos com agrotóxicos. A informação é do Instituto Nacional do Câncer. Chamados também de defensivos agrícolas ou agroquímicos, eles são utilizados na agricultura para eliminar insetos ou ervas daninhas nas plantações, mas fazem mal à saúde. Aos serem pulverizados, eles se espalham, contaminando o solo e a água. Os agrotóxicos estão presentes em alimentos in natura de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, castanhas e outras oleaginosas, ou minimamente processados, ou ainda ovos, leite e carnes frescas. De acordo com o Instituto, regiões com alto uso de agrotóxicos apresentam incidência de câncer acima da média nacional e mundial. O órgão orienta que sempre que possível, as pessoas consumam alimentos agroecológicos ou orgânicos, porque além de serem mais saudáveis, contribuem para a preservação do meio ambiente e para a agricultura familiar. Já o Ministério da Saúde (MS) informa que o uso contínuo, indiscriminado ou inadequado de agrotóxicos é considerado um relevante problema ambiental e de saúde pública. Os efeitos à saúde humana decorrentes da exposição direta ou indireta aos defensivos podem variar de acordo a toxicidade, tipo de princípio ativo, dose, tempo de exposição e via de exposição. Os mais vulneráveis são os trabalhadores rurais, de empresas do agronegócio, de fábricas formuladoras e desintetizadoras e de campanhas de saúde pública. Já os mais suscetíveis a esses efeitos são crianças, gestantes, lactentes, idosos e pessoas com a saúde debilitada.