A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) informou neste sábado (4) que adotou medida cautelar para interditar pelo menos 25 lotes da vacina CoronaVac, proibindo a distribuição e uso de doses envasadas em uma planta – local de fabricação – não aprovada pelo órgão. Em nota, o Instituto Butantan disse que “a medida da Anvisa não deve causar alarmismo” e que o próprio instituto alertou a agência por “extrema precaução”. O Butantan declarou ainda que “convida a cúpula da ANVISA para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac” na China. Na sexta-feira (3), a Anvisa foi informada pelo Butantan que a farmacêutica Sinovac, fabricante dos insumos da vacina, enviou para o Brasil, na apresentação frasco-ampola (monodose e duas doses), 12.113.934 doses. Porém, segundo a agência, a unidade fabril responsável pelo envase dessas doses não foi inspecionada e aprovada na Autorização de Uso Emergencial concedida à CoronaVac.
O Instituto Butantan informou ainda, segundo a Agência, que outros 17 lotes, também envasados no local não inspecionado pela Anvisa, e que somam 9 milhões de doses, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil,segundo a G1 que teve acesso ao ofício enviado nesta sexta-feira (3) à Anvisa. No documento, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirma que técnicos do Instituto analisaram as informações disponíveis nos lotes e apontam segurança e qualidade das vacinas produzidas na fábrica que ainda não foi inspecionada. No texto, Dimas Covas solicita autorização para que as vacinas sejam aplicadas em caráter emergencial para não comprometer o programa de imunização nacional. A agência informou que, ainda nesta sábado, publicará duas Resoluções (RE) na Edição Extra do Diário Oficial da União determinando: a “interdição cautelar proibindo a distribuição e uso dos lotes envasados na planta não aprovada”; “a proibição de distribuição dos lotes ainda não distribuídos”.