O governador Rui Costa fez uma revelação segundo a qual “desconhece o partido que não recebeu doação para campanha eleitoral de empreiteiras”. O que se pode interpretar do que disse é que a República está podre, porque os recursos de doações não saíram das tais empreiteiras, mas, sim, foram provenientes do roubo que a Petrobras foi vítima, que a deixou cambaleante e o País aos pedaços. Mais ainda: provavelmente não foi dinheiro exclusivamente da petroleira, mas de outras estatais. Em outras palavras, Rui Costa chega à conclusão óbvia, clara e perigosa, que os mandatos eleitorais são oriundos da putrefação do sistema partidário, comprovado na Operação Lava Jato. Tais mandatos provenientes de doações do roubo têm legitimidade? Como se pretende investigar o dinheiro que foi remetido aos estados, principalmente com origem no PT, PMDB e PP, as três legendas mais citadas, passa-se a ter uma revelação importante, a partir do governador da Bahia. Rui Costa dá uma pista importantíssima para chegar-se “ao caminho trilhado pelo dinheiro”. Texto do jornalista Samuel Celestino, do Bahia Notícias