Já é tradição durante a campanha eleitoral. Candidatos saem para a rua fazer o famoso “corpo a corpo”, visitam comércios, beijam criancinhas, abraçam velhinhas e, entre uma atividade e outra, param em algum ponto para comer uma coxinha, lotar o prato na bandejão, encarar uma exótica buchada de bode e, para fechar o cardápio, um café frio com mosca. Sim, isso aconteceu em uma das campanhas do vereador paranaense Célio Guergoletto (PP-PR).
E como nestes casos o objetivo é mostrar para o povo que seu candidato não tem frescura e é gente como a gente, é importante não se abater com estes percalços e aceitar tudo que o eleitor lhe oferecer.
Mas esse tipo de ação tem efeito na hora da eleição? Osti diz que funciona mais para “gerar mídia” e “fazer cena” para o horário eleitoral do que para gerar voto. “Nesses eventos não têm nem como passar qualquer mensagem política. Geralmente isso acontece em pontos tradicionais onde há muita concentração de pessoas. Então, em Curitiba, por exemplo, o candidato tem que ir tomar um café na Boca Maldita. Em Londrina, tomar uma vitamina em frente à Catedral e em qualquer outra cidade comer um pastel na feira.”
A consultora de comportamento Cláudia Matarazzo diz que, nestes casos, o candidato não deve recusar logo de cara qualquer comida que lhe seja oferecida, por mais indigesta que ela possa parecer. “Tem que ser delicadamente. Coma só um pouquinho, diz que acabou de almoçar ou enrola um pouco e diz que está atrasado.”
No entanto, esta regra pode e deve ser quebrada quando o político tiver alguma restrição alimentar. “O Serra, por exemplo, tem problemas com lactose, a Marina Silva também tem várias restrições. A saúde em primeiro lugar”, diz a consultora.
Há apenas um grande inimigo a ser evitado durante as campanhas, segundo os entrevistados: a maionese. “As campanhas têm sempre um problema: o almoço. O candidato está andando a manhã toda, para almoçar e o primeiro prato que aparece é a maionese, que foi feita horas antes.Tem muita chance de dar errado. Então, maionese jamais.(UOL)