Petrônio: mais uma estrela no céu! por Reinaldo Pinheiro

Eu devia estar por volta dos meus 13 anos, quando vi na quadra de esportes do JTC,uma criança, um menino, diferente dos daqui de Jequié. Conhecia os meninos da minha terra! Também era diferente o seu modo de jogar, de tratar a pelota como dizem os locutores esportivos! Possuía uma habilidade esportiva incomum, com dribles mágicos e uma força nos chutes, simplesmente, fenomenal! Até então, nunca tinha visto alguém com um chute tão forte! A bola de futsal, além de mais pesada que as atuais, parecia ficar oval, após os seus petardos!

 Logo, logo, conquistou a amizade e a admiração dos seus companheiros de futsal como, os craques da família Ferreira, os irmãos, Ige, Dida, Cléber e Quinca; Valfredo, Eduardo Senhorinho, Paulinho, Quirica e tantos outros.

Logo fiquei sabendo que seu pai era funcionário da Secretaria da Fazenda do Estado e viera transferido para Jequié. De família grande, tive o prazer de conhecer e tornar-me também amigo das suas irmãs,Rosinha, casada com Osvaldo Silva, Isaurinha, Fátima e Aldacy.

Não demorou muito, Petrônio passou a jogar também futebol de campo no Estádio Aníbal Brito, atuando pelo Flamengo, ao lado de Cléber Fereira, Dete Leão, Marquinhos e outros craques da época! Estudante do Ginásio de Jequié, tive a rara felicidade de jogar ao lado de Petrônio, Cléber, Humberto Checucci, Luís Cerqueira e outros jovens da seleção da Escola. (Veja foto).

No início dos anos de 1970, foi estudar e trabalhar em Salvador. Lembro-me que, quando perguntava, cadê Petrônio, como vai ele? Um dos amigos comuns sempre respondia: vai bem, está trabalhando na Kodac. Sua transferência para capital, não o afastou dos seus amigos. Manteve laços atados até a sua partida inesperada dia de ontem, 11 de janeiro. Petrônio tinha qualidades de um verdadeiro gentleman: educado, gentil,carismático, atencioso! Um alto astral constante!Não me lembro de ter visto Petrônio entristecido.Possuía um rol de amigos históricos, distintos, dignos da altura da sua personalidade incomensurável!Adeus, Petrônio! Deus o receba! Mais um astro no céu! Mais saudades na Terra!

Jequié, 12 de janeiro de 2025. Reinaldo Pinheiro