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As autoridades brasileiras investiram fortemente em equipes de defesa e de segurança para enfrentar uma ampla gama de desafios nas 12 cidades-sede”, explicou o chefe do Serviço de Análise de Riscos da América Latina, Laurence Allan.
Os sindicatos se tornaram a principal dor de cabeça para o governo brasileiro, avalia a IHS (empresa especializada em informação global), destacando que, desde que os lixeiros cariocas conseguiram um forte aumento salarial depois de uma greve, outras categorias decidiram adotar ações semelhantes.
Em Belo Horizonte, Natal, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, o risco de roubos e de protestos nas ruas é muito grande. No caso do Rio, “furtos e roubos com violência são a maior ameaça que os visitantes enfrentam”, segundo a IHS. Em São Paulo, “existe uma alta probabilidade de distúrbios e de vandalismo relacionados aos protestos durante o Mundial”, ainda que o risco de ser assaltado em plena rua no centro da cidade seja “leve”.
Assaltos, roubos e brigas
Já Fortaleza, Porto Alegre e Salvador são as cidades onde há mais chances de uma pessoa sofrer uma agressão, principalmente sendo vítima de assalto. Inclusive, Fortaleza é a sétima cidade mais perigosa do mundo, de acordo com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes.
No caso de Salvador, a cidade é conhecida “pela violência nas ruas e pelos roubos” durante o Carnaval – um risco que, segundo a consultoria, agora se estenderia ao Mundial. Em Porto Alegre, a ameaça vem pela presença das “barras bravas” argentina dada à proximidade entre a capital gaúcha e o país vizinho. Brasília, Cuiabá, Curitiba e Manaus também apresentam um risco grande de roubos e brigas, acrescentou a IHS.
“É certo que haverá protestos em muitas das cidades-sede”, acrescentou Allan, lembrando que as autoridades instalaram postos de comando e de controle que permitem “ocupar áreas com forças de segurança”, se for preciso.
Os especialistas ressaltaram, porém, que “os organizadores (dos protestos) continuam sendo capazes de coordenar manifestações simultâneas em vários estados, e que os Black Blocs anarquistas enfrentaram a polícia”. ”Se as forças de segurança brasileiras se excederem, poderemos ver um aumento do risco de uma escalada dos protestos”, concluíram os analistas.(Informações da AFP)