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Política de acolhimento às pessoas em recuperação do uso abusivo de drogas é ampliada na Bahia

Em Barra do Choça, no sudoeste da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues autorizou, durante ato nesta sexta-feira (7), a publicação do edital de chamamento público para selecionar Organizações da Sociedade Civil (OSC) que irão executar as atividades do novo programa Centro de Acolhimento e Inclusão Social (CAIS- Bahia). A iniciativa tem o objetivo de garantir a oferta de vagas gratuitas de acolhimento residencial transitório, na ambiência de comunidades terapêuticas e/ou centros de recuperação. A ação beneficia pessoas que apresentem transtornos decorrentes do uso abusivo de drogas. 

O investimento feito pelo Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) é de R$ 10,4 milhões, com contrapartida do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), no valor de R$ 103 mil. O CAIS Bahia prevê ainda atendimento e acompanhamento psicossocial, além de mecanismos de reinserção social. O edital será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), neste sábado (8). 

Foto: Feijão Almeida GOVBA 

O governador destacou a relevância da iniciativa do Estado para o acolhimento de adictos e suas famílias. “É a mão do Estado estendida para atrair, mas também para ser puxada pelas entidades que cuidam dessas pessoas que têm qualquer grau de dependência de álcool ou de um outro tipo de droga, e que as famílias se ressentem muito e às vezes não têm uma porta onde bater. São entidades como essas, que estão ali acolhendo e às vezes são ligadas à uma igreja católica, evangélica; a um Centro Espírita, a maçons ou a um terreiro, não interessa. O que interessa é a mão estendida”.

Bahia Viva

A Seades também foi autorizada a proceder com os trâmites necessários para prorrogação de prazo e valor junto às OSC, que executam o sistema Bahia Viva, dando continuidade às atividades por mais 24 meses. O investimento será de mais de R$ 7,8 milhões. 

Instituído em 2012, o Bahia Viva oferece gratuitamente apoio institucional e técnico-financeiro a comunidades terapêuticas e centros de reabilitação para o desenvolvimento de ações relacionadas ao acolhimento residencial transitório e voluntário de pessoas usuárias de drogas, que se encontrem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal, social ou de saúde, dos sexos masculino e feminino, maiores de 18 anos.

O secretário de Assistência e Desenvolvimento Social em exercício, José Leal, explica a extensão da cobertura da ação. “Os editais contemplam inscrições para entidades das regiões Norte, Sul, Oeste Leste e Central, para que haja uma capilaridade das OSCs e que assim a gente consiga atender o máximo de pessoas possíveis no estado”, disse Leal. Atualmente, encontra-se em execução o edital de chamamento público com oito comunidades, em que foram aplicados R$ 8,9 milhões.

O presidente da Comunidade Terapêutica Fazenda Vida e Esperança (COTEFAVE), padre Edilberto Araújo, explica que a entidade já participa do Sistema Bahia Viva, onde 33 pessoas estão acolhidas. O tratamento leva nove meses, mas algumas pessoas precisam de mais tempo, pois não têm para onde retornar. “Nós estamos com essa nova missão, em que fomos contemplados por mais dois anos, para acolher pessoas carentes que precisam de tratamento. Já passaram por aqui 1860 pessoas. Tem aqueles que ficam por mais tempo, porque ao voltar para a sociedade é pior; não têm família que acolha, não têm um lar, e continuam morando na COTEFAVE”, enfatizou padre Edilberto.

Repórter: Lina Magalí/GOVBA

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