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Sindicato anuncia paralisação contra retorno de aulas presenciais em Salvador

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), secção Salvador, determinou no fim da tarde de terça-feira (27) a paralisação das atividades presenciais nos dias 3, 4 e 5 de maio na capital baiana. De acordo com decreto da prefeitura, as aulas retornam a partir de segunda-feira (3). De acordo com a categoria, o motivo é o retorno das aulas presenciais em Salvador proposta pelo prefeito Bruno Reis. Rui Oliveira, presidente do sindicato, afirma que caso não haja a revogação do decreto que ordena o retorno das atividades pela prefeitura de Salvador, a categoria poderá entrar em greve geral. “Tivemos uma assembleia hoje com mais de 2 mil trabalhadores da educação de Salvador e decidimos pela paralisação”, afirma o presidente. “Vamos continuar nosso trabalho remoto, porém caso o prefeito não revogue o decreto, faremos uma greve geral. Também teremos atividades como carretas e protestos.”

Rui também afirma que a ação é apoiada também pela rede particular e pelos movimentos estudantis, que exigem o ciclo completo de vacinação antes do retorno das aulas presenciais. O presidente da APLB finalizou afirmando que a paralisação poderá ser estendida para toda a Bahia, e que uma assembleia estadual que contará com mais de 20 mil trabalhadores já está agendada. De acordo com a TV Bahia, a assessoria do prefeito Bruno Reis afirmou que o gestor irá se reunir com a APLB novamente amanhã (28) para pedir o retorno para a sala de aula.

A expectativa do sindicato era que a reunião acontecesse apenas na quarta-feira, dia 5 de maio. A prefeitura de Salvador também informou que até segunda-feira (3) é esperado que mais de 10 mil trabalhadores da educação municipal com idade acima de 40 anos sejam vacinados. O número representa mais de 75% dos profissionais que atuam nas escolas municipais e 85% dos professores das redes estaduais de ensino.

“Esse é um passo importantíssimo para a retomada segura da educação em nossa cidade. Já vacinamos mais de 26% da população de Salvador. Concluímos a imunização dos idosos acima de 60 anos, que é o público mais vulnerável. Estamos avançando no público com comorbidades. Salvador vem se destacando em todos os rankings nacionais de vacinação, ocupando as primeiras posições”, disse o prefeito Bruno Reis. Em nota, o Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), que também representa professores de colégios particulares do estado, também se posicionou contra o retorno presencial ou semipresencial sem vacinação, sem que se complete o ciclo de imunização, e anunciou que amanhã à noite faremos assembleia com a categoria para tratar do tema.(Correio)

 

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