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Acarajé ou abará? Por Reinaldo Pinheiro

Outrora era comum a presença de fazendeiros, comerciantes, comerciários e bancários nas tradicionais bancas de acarajé aos finais de tarde. Lembro que uma ficava relativamente próxima à rua 7 de setembro (hoje Calçadão) e a outra, de Lourinho, mais ou menos em frente à atual farmácia Drogasil.

O tempo passou, a praça mudou, mas o antigo hábito de comer acarajé e abará na praça só aumentou, sobretudo com a construção dos quiosques, com a colocação de mesas e cadeiras para os consumidores dos quitutes famosos da culinária baiana!

Frequentador da praça desde a minha adolescência com os velhos amigos, colegas de escola até os dias atuais, principalmente no quiosque de Gildete, onde ao entardecer encontrava com frequência Evandro Lopes, Cel. Ivo, Micheli, João Mendes, Mirabeau e outros amigos para um bate-papo descontraído. À noite, já no quiosque de Virgílio, a prosa continuava até mais tarde com a presença constante do casal Wilson e Jussara Midlej, Zé Pedra e Cal, Walter, Alan Biondi, Pedro, Raul e Bereta!

Mas, no final das tardes, algo me chamou atenção: era a presença constante em um dos quiosques de acarajé do casal amigo, Nitinha e Jucá! Pensava comigo: eles mantiveram o antigo hábito de comer um acarajezinho até os dias de hoje. Ledo engano! Em um desses dias de entardecer na praça, chegando lá senti falta do casal e perguntei: – Zé, Nitinha e Jucá não têm vindo comer acarajé esses dias? Olhe a resposta dele para minha e sua surpresa: – Eles não comem acarajé! Eles veem aqui todos os dias é dar ração aos gatos da praça! Pensei comigo, a vida é assim: enquanto uns maltratam, outros cuidam! Meus parabéns ao casal! O reino animal agradece!

 

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