Home » Bahia » Inseticida natural desenvolvido na Bahia promete eficácia contra o aedes aegypti

Inseticida natural desenvolvido na Bahia promete eficácia contra o aedes aegypti

(Foto Tribuna do Recôncavo)

Há tempos que a luta contra o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zyka e outras doenças, perpetua em todo o cenário estadual e nacional. Preocupada com o aumento de 667% no número de casos de dengue, entre janeiro e agosto deste ano, uma cientista baiana buscou formas de combater as larvas do mosquito. Em seus estudos, foi desenvolvido um novo tipo de inseticida, feito a partir uma planta conhecida como Nim.

O objetivo principal é intensificar a luta contra as doenças transmitidas pelos mosquitos que acometem principalmente as regiões mais pobres da Bahia e que, muitas vezes, não podem pagar pelo inseticida devido ao custo. Segundo a criadora do novo “bioinseticida”, Layse Lima, concluinte do mestrado em ecologia e evolução da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), para o desenvolvimento deste produto, bastou triturar 400 gramas da semente e acrescentar um litro de água.

A pesquisadora conta que a inspiração para o trabalho veio das visitas domiciliares que realizava pelo Centro de Controle de Zoonoses de Santo Amaro, onde a maioria dos moradores acumulava água que gerava focos de pragas dos mosquitos. “A situação é mais complicada do que parece. Nessa região, não basta somente remover os acúmulos de água, pois realmente há a necessidade de mantê-los em determinados reservatórios, visto que o local não possui abastecimento diário”, alerta.

Segundo a pesquisadora, o produto já foi testado e teve uma eficácia de 76,6% de morte de larvas após a exposição ao extrato das sementes. Além da eficácia e da praticidade, o produto tem outro adicional que é o fato de não ser tóxico. “A princípio, a quantidade utilizada em formulados para eliminar as larvas de mosquito não é tóxica para nenhum mamífero, mas estamos aprimorando os estudos para nos certificar da quantidade adequada para que a substância continue sendo inofensiva aos humanos”, afirma. O projeto recebeu apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e foi desenvolvido em parceria com o professor Gilberto Mendonça, também da Uefs.

 

 

Comente

Seu e-mail não será publicado. Campos marcados são obrigatórios *

*

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.