O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, deve deixar o comando da mineradora, na esteira da tragédia que deixou mais de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos, após o rompimento de uma de suas barragens em Brumadinho (MG) em janeiro. A expectativa é que o executivo divulgue uma carta ainda neste sábado (2) comunicando seu afastamento da companhia. Com a saída de Schvartsman, o diretor-executivo, Eduardo Bartolomeo, deve assumir interinamente o comando da empresa. A decisão segue uma recomendação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal desta sexta-feira (1º). O pedido de afastamento de Schvartsman e de outros três diretores da Vale foi antecipado pelo Painel. O pedido de afastamento de Schvartsman e dos diretores inclui outros quatro gerentes e um geólogo. A Procuradoria solicitou a proibição do acesso de todos a “quais prédios ou instalações” da Vale e que a empresa oriente seus funcionários a não compartilhar com eles “assuntos de teor estritamente profissional”. A Procuradoria pediu ainda o afastamento de outros cinco funcionários de quaisquer funções e atividades na mineradora que sejam relacionadas à gestão de risco e/ou monitoramento de segurança de barragens.