Falar do cérebro humano é assunto particularmente complexo e extenso, mas para o conceituado neurologista da Bahia, com atuação em Salvador Dr. Antonio Andrade Filho que recentemente recebeu homenagem da Câmara Municipal de Salvador proposta pelo vereador Sandoval Guimarães de uma justa homenagem pelos relevantes serviços que o referido médico, não só vem prestando na saúde pública em Salvador, mas também como presidente da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia-Instituto do Cérebro que abrange seu atendimento também a paciente do interior da Bahia. Andrade foi procurado por nosso Blog para falar um pouco de sua experiência com o cérebro humano e o mesmo nos enviou um excelente artigo que fala do futuro do cérebro feminino. Leia a seguir:
Qualquer cérebro começa como um cérebro feminino. “Ele somente se torna masculino oito meses depois da concepção, quando o excesso de testosterona encolhe o centro de comunicação,reduz o córtex da audição e duplica a parte do cérebro dedicada aos processos relacionados ao sexo.”
Atualmente a biologia da mulher nos possibilita a planejar o futuro tendo o controle sobre sua fertilidade independência econômica criando assim o caminho que ira percorrer. Promovendo mudanças revolucionarias na sociedade e escolhendo pessoalmente os seus parceiros no momento de ter filhos. Educando primeiramente e se estabelecendo profissionalmente. Empurrando seu relógio biológico para ter filhos aos 35 e ate aos 40 anos. A ocupação dificulta o encontro do homem com quem gostaria de formar famílias, não significando um erro nessa escolha. Ela não pode permitir-se perder a memória e a concentração com as alterações de humor porque seus hormônios estão fora de sincronia.
As prioridades do comportamento feminino são moldadas pela química cerebral, podendo entender o caminho da realidade biológica não existindo, portanto um cérebro unissex. O preconceito e o medo da discriminação em diferenças de sexo.
Assumir a norma masculina também representa subvalorizar os poderosos talentos especificam do cérebro feminino que até agora as mulheres fizeram a maior parte do trabalho de adaptação cultural e lingüística no ambiente profissional. Sabemos que os cérebros femininos são programados para lhe dar bem com as mudanças do cotidiano. A dupla jornada de trabalho é responsabilidade principal pelo lar e pela família, e faz com que essas metas sejam mais difíceis de atingir. Quando ficamos exausta com esse modo de vida causado pela nossa depressão e ansiedade é o stress. Devotadas que somos a esse contrato social muitas vezes trabalhar contra a programação natural do nosso cérebro feminino.
Ao escrever esse artigo tenho vozes lutando em minha cabeça, uma é a verdade cientifica e a outra é o politicamente correta. Ambas trazem o conflito para a programação do cérebro feminino os detalhes mais íntimos de sua infância, adolescência, decisões profissionais, escolha de um parceiro, sexo, maternidade e menopausa.
Não sofreu mudanças ao longo do tempo e milhões de anos, os desafios modernos são diferentes fases da vida de uma mulher, são diferentes daqueles vividos pelos nossos ancestrais. Enfim o que uma mulher moderna quer. Correr para os braços de seu amado? Ou priorizar os desejos da sociedade?
andradeneuro@uol.com.br